Pindamonhangaba / Trem da Serra – SP Essa é mais uma viagem envolvendo Moto e Trem, é a quarta que fazemos. Dá pra perceber que além das estradas de asfalto também curtimos o balanço carinhoso dos trens nas estradas de ferro.


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  VERSÃO PILOTO

COMO CHEGAR

A 160 km de São Paulo pelas Rod. Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Dutra.

ESTRADAS

As duas primeiras com piso em ótimas condições. A Dutra exige mais atenção pelo alto trafego de ônibus e caminhões.

O QUE FAZER

Essa é mais uma viagem envolvendo Moto e Trem, é a quarta que fazemos. Dá pra perceber que além das estradas de asfalto também curtimos o balanço carinhoso das estradas de ferro.
Deixamos a moto no estacionamento fechado da estação ferroviária e partimos de Pinda às 9h com destino final na estação de Campos do Jordão ao meio dia, é uma oportunidade de chegar em Campos por estradas diferentes das convencionais. Subindo pela Serra da Mantiqueira, com paradas em Santo Antonio do Pinhal, Parque Reino das Águas Claras e o ponto mais alto que uma estrada de ferro já chegou no Brasil, a Parada do Cacique a 1.743 metros de altitude, de lá se avista o Palácio do Governo e a Pedra do Baú.
Chegando em Campos o jeito é passear pelo centro do Capivari, ou alugar uma bike e sair pedalando, ou simplesmente sentar em algum bar e ficar de bate papo até a hora de embarcar de volta. O trem parte às 17h para Pinda e chega às 19h. E o melhor a se fazer nesse trecho é dormir embalado pelo balanço do trem, você chega novo em Pinda.

COMER & BEBER

Em Campos as opções de restaurantes são muitas, para todos os gostos e bolsos, o point principal é o Baden Banden. Mas dessa vez resolvemos experimentar o famoso e enorme pastel do Maluf. É bonzinho.

MEUS COMENTÁRIOS

É um bate-volta um pouco diferente do convencional, acaba sendo um pouco cansativo porque para chegar às 9 em Pinda tivemos que acordar as 6:30 e chegamos de volta em S.Paulo às 21h. O que salva são as duas horas na volta do trem que dá pra dar uma descansada.
Outro detalhe é pensar numa programação para se fazer durante as 5h em Campos do Jordão.
Por fim, a viagem de trem tem que ser reservada com antecedência.



  VERSÃO GARUPA

Esta é mais uma das viagens de trem que fizemos pelo Brasil. Acredito que exista muitas outras que ainda teremos que descobrir.
Passeio turístico muito procurado, portanto é necessário reservar antes (12 3663-1531 / 12 36631560). Custa R$ 40,00 por pessoa, ida e volta.
Saímos de Pindamonhangaba, que é uma cidade muito pequena e fica logo depois de Taubaté, por volta das 9h. O Trem conta com um vagão para 44 pessoas com poltronas confortáveis. Nosso operador foi O Sr. Francisco e contávamos com o serviço de bordo da Roseana e do Vanderlei. 
O passeio é muito agradável, enquanto o trem chacoalhava a Roseana ia nos contando as histórias da ferrovia de uma forma bem singela, típica das pessoas do interior. Aquele balanço com a historia de fundo dava um soninho! O que me acordava era o apito do trem, que de vez em quando dava o aviso que estava passando. 
Nossa primeira parada foi de mais ou menos 15 minutos no Reino das Águas Claras, local onde Monteiro Lobato se inspirou para contar suas histórias. No verão o lugar é muito procurado para banho. A passagem de trem com entrada no parque custa R$8,00.

A saída acontece aos sábados, domingos e feriados as 10h com retorno as 17h e o trem chega em Pinda por volta de 17h50. É necessário agendar (12 3644-7408). Pra quem tem criança pequena é muito legal, tem parque, um vagão restaurante e algumas esculturas dos personagens de Monteiro Lobato.
Saímos de Pinda a uma altitude de 551m e paramos na Estação Eugênio Lefévre em Santo Antônio do Pinhal que fica a 1.161m de altitude.

Lá tem um café muito gostoso, por isso minha dica é esperar e aproveitar para comer o famoso bolinho de bacalhau (R$ 4,30) e conhecer uma lojinha de artesanato que tem um monte de coisinhas interessantes, inclusive doces, pingas e licores. Este é um dos lugares mais charmosos da viagem. Tem um mirante do qual é possível ver todo o Vale do Paraíba, dependendo da época do ano, as hortênsias estão todas floridas e deixam o lugar muito bonito. Muitas pessoas passam por lá para agradecer a Nossa Senhora Auxiliadora, a qual tem uma estátua no alto do morro. Ali também é possível conhecer um orquidário e adquirir direto do produtor. Em algumas épocas do ano há também uma feira de malhas com preços super convidativos. De lá até Campos do Jordão a viagem demoraria mais uma hora e nós teríamos tempo para apreciar os manacás, que por acaso estavam floridos, os lírios brancos do campo e seu perfume, ver algumas árvores frutíferas da região, as araucárias e ainda poder ter o prazer de ver os únicos 5% de mata natural que ainda existe, pois o resto é reflorestamento. Tem uma hora na subida, que o trem pára para podermos ver todo o vale do Paraíba. As Serras verdes e os vales deixam a região ainda mais bonita antes da chegada em Campos. 
Não resisti, tirei um cochilo, ninguém resiste aquele balanço. 

Chegamos em Campos que fica a 1.640m de altitude, ás 12hs e voltaríamos no mesmo dia ás 17h com chegada em Pinda ás 19h.
Portanto a minha dica é, marque com alguns amigos em Campos para poder aproveitar melhor o dia, pois sem moto ou carro não tem muito o que fazer a não ser ficar andando ali pelo centro. Tentamos pegar um ônibus na rodoviária para acelerar nossa volta, mas ele só sairia ás 18hs, então resolvemos voltar de trem mesmo. A volta é um pouco mais rápida, duas horas, e se estiver fora do horário de verão, dá para aproveitar uma viagem noturna.

 
Distância – SP a Pindamonhangaba A 160 km pelas Rod. Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Dutra.
Tipo de viagem Bate e volta
Viagem realizada em: Março/2010
Sites http://www.camposdojordao.com.br/estrada_ferro.php