Jalapão – É o tipo de viagem para pessoas que estão preparadas para se desapegar dos costumes
e confortos dos grandes centros, “pero sin perder la ternura jamás”.
É o tipo de viagem para quem está preparado para sentar e ouvir estórias,
É o tipo de viagem para escutar mais e falar menos…


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  VERSÃO PILOTO

COMO CHEGAR

Partindo de São Paulo até Palmas, capital do Tocantins, são aproximadamente 1.800 km, isso se você não cometer nenhum errinho. 
Programamos nosso deslocamento em dois dias, no primeiro dia, de São Paulo a Goiânia são 950 km e no segundo, de Goiânia a Palmas mais uns 850 km.

Na noite anterior a nossa saída, tive uma ideia que acho que compensa. Para não pegar todo o trânsito de São Paulo logo cedo, e já começar a viagem estressado, resolvemos nos adiantar e saímos as 21hs seguindo pela rodovia dos Bandeirantes até Porto Ferreira, onde dormimos num motel, e no dia seguinte, logo cedo, já estávamos na estrada, sem trânsito e uns 200 km adiantados.

O Google Maps dá duas opções de trajeto, por Araraquara e Barretos ou por Ribeirão Preto e Uberlândia, a segunda opção é melhor, as estradas são duplicadas o que torna a viagem bem mais rápida e segura.
De Goiânia a Palmas o caminho é pela BR 153, a famosa Belém / Brasília, é uma estrada que merece bastante atenção pelo alto número de caminhões e por ser de pista simples, apesar disso o asfalto está em bom estado e como a moto é ágil nas ultrapassagens não tivemos muitos problemas.

 O QUE FAZER

Na verdade é, O que fazer tão longe de São Paulo? 

Bom, primeiro adoro ecoturismo, e como já conheço os principais destinos no Brasil, o Jalapão já estava na minha mira há bastante tempo. Segundo adoro longas viagens de moto, então somando ecoturismo + muitos Kms = Jalapão.

Saímos de São Paulo numa segunda-feira à noite e chegamos em Palmas na quarta-feira no final da tarde, onde nos hospedamos e deixamos a moto, capacetes e equipamentos guardados no hotel Castelo.
A partir de Palmas seguimos, rumo ao Jalapão, embarcados numa *Toyota Hilux 4×4, com bancos de couro, ar condicionado, música ambiente com repertório para todos os gostos e guiados pelo nosso piloto, DJ, anfitrião e mestre de cerimônias, Higor, gente finíssima. Ao seu lado, a copiloto, modelo e fotógrafa Jerusa.

Na segunda Pick-up da nossa trip a tripulação era composta pelo piloto, guia, DJ (meia boca) e meu mais novo filho, o Joãozinho, ao seu lado o copiloto e fotógrafo subaquático Luis Marangão, e pasmem, no banco traseiro, a presença divina de Jesus, sim ele mesmo, o filho do Homem e sua namorida Marcela, carinhosamente apelidada de Barcela.

*Antes que alguém pergunte:
– Ué de carro? Não é motoa2?
– Vamos as explicações:
– O Jalapão é um parque estadual com uma área total de 34 mil km², equivalente ao estado de Sergipe, cortado por rios e cachoeiras, estradas de chão e muito areão, muita poeira, debaixo de um sol de 40º. Entenderam agora porque deixamos a moto e pegamos uma Pick-up?
– Porque nóis não é tatu.

Agora falando sério, considerando a imensidão do parque, a dificuldade de pilotar uma moto grande e pesada nessas condições, e ainda sem conhecer as trilhas, nossa melhor opção foi, sem dúvida, contratar uma empresa que nos levasse com segurança e o conforto possível.
E, como achamos que grupos numerosos não combinam com esse tipo de viagem, optamos pela Aventura Eco, que oferece pacotes personalizados, com Pick-ups cabine dupla, roteiros pelos principais atrativos, hospedagem, alimentação e guias da região.
De Palmas até Ponte Alta, que é a cidade de entrada do Jalapão, são aproximadamente 100 km de asfalto e a partir daí são 4 dias de terra, areia, muita cachoeira, fervedouros e rios de água transparente.

No primeiro dia todo mundo ainda está meio tímido, cheio de formalidades, mas com o passar do tempo, a timidez vai dando lugar a liberdade e aí vai ficando cada vez mais divertido, eu não sei se gosto mais da simplicidade e da beleza natural do lugar ou se gosto mais de fazer novos amigos, acho que os dos juntos combinam bem, que nem queijo com goiabada ou salame com cerveja.
Não vou falar muito dos lugares, nem do dia a dia, porque as fotos falam por mim.
Em Ponte Alta nossa base foi na pousada das águas, onde almoçamos e partimos para as atrações do dia, na volta compramos uma garrafa de cachaça da região e sentamos pra jantar e molhar as palavras com a marvada.

Dia seguinte partimos de Ponte Alta para os atrativos do dia e pernoite em Mateiros, é bom deixar claro que o Jalapão por ser um destino ainda pouco explorado, não tem muitas opções de hospedagem e restaurantes, é um lugar de beleza natural em estado bruto.
Sábado acordamos cedo para mais um dia de muita ação e muita estrada de chão, nosso almoço foi preparado pelo Higor e Joãozinho numa praia linda deliciosa e vazia, quase exclusivamente nossa, depois fomos conhecer Mumbuca, comunidade quilombola onde nasceu o artesanato do capim dourado. À noite, depois do jantar na pousada, fomos molhar um pouquinho mais as palavras num boteco, onde a Marcela ganhou o apelido de BarCela.

Domingão é dia de voltar pra Palmas, são mais de 200 km, mas não pense que é aquele climão de fim de férias não, ainda vamos passando por vários atrativos e paramos para almoçar na fazenda do Sr. Hélio, o melhor almoço da trip, regado por muita conversa, pena que ainda tínhamos muito chão pela frente, a vontade era de ficar ali a tarde toda batendo papo.

Chegamos em Palmas no começo da noite. Para os nossos amigos que voltariam de avião só na segunda à tarde, ainda teriam mais um dia para aproveitar a praia de Palmas a beira do rio, que inveja. Para nós que tínhamos dois dias de viagem pela frente a partida foi logo cedo na segundona, com pit stop em Goiânia e chegada de volta em São Paulo na quarta ainda antes do horário do rush.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ecoturismo, segundo a EMBRATUR, é um “segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas”.

Sendo assim, o Jalapão
É o tipo de viagem para pessoas que estão preparadas para se desapegar dos costumes e confortos dos grandes centros, “pero sin perder la ternura jamás”.
É o tipo de viagem para quem está preparado para sentar e ouvir estórias,
É o tipo de viagem para escutar mais e falar menos,
É o tipo de viagem para aprender com a dura simplicidade da vida do interior.
É o tipo de viagem para guardar as imagens na mente e as pessoas no coração.
E, se você queria um pouquinho mais de conforto e não encontrou, é porque no Jalapão tem, mas acabou.

Até a próxima!



  VERSÃO GARUPA

Vou começar de uma forma muita estranha, falar tudo o que os outros repetem centenas de vezes e dizer os motivos pelo qual você e eu não deveríamos conhecer o Jalapão:

– Porque é longe pra caramba;
– Que é muito caro;
– Todo mundo diz que o acesso é muito difícil;
– Que todo atrativo é muito distante um do outro;
– Que se a moto quebrar, fica arriscado morrer por lá mesmo;
– Que era lugar só para o Rally dos Sertões
– Que é um deserto.

E assim vai, por aí à fora.
Será que estes motivos são suficientes para eu ou você querer se deslocar até lá? Afinal são quase 2000km só de ida até Palmas.
E o que você faria se ouvisse tudo isso?
Lógico que a primeira coisa era desistir. Mas por que não desmistificar este lugar e tirar nossas próprias conclusões?

Apareceu uma oportunidade e logo colocamos a moto na estrada, afinal este ano de 2015 viajamos muito pouco e as pessoas estavam cobrando novas aventuras.
Depois de decidido ir, preferi não pesquisar nada, principalmente porque não o faríamos inteiro de moto e sim com uma empresa de ecoturismo. Se fosse uma aventura que faríamos a2 era necessário realizar uma pesquisa detalhada, até por questão de segurança, mas neste caso quis realmente ir sem idéia nenhuma, a não ser com as que já tinha ouvido falar. Quis tirar minhas próprias conclusões, aliás, às vezes deixamos de fazer muita coisa por causa dos outros. Temos que lembrar que cada um é cada um, nem sempre o que me agrada pode te agradar. E este é um dos motivos que quero deixar bem claro para você que vai me acompanhar nesta aventura.

Primeiro motivo é o deslocamento até Palmas, foram 2 dias saindo de São Paulo. Tem que ser uma moto com uma boa garupa, pois rodar quase 1000km por dia é realmente cansativo, a não ser que vocês tenham mais tempo.
Depois vem todo o resto e posso te garantir que tem muito, mas muito mesmo para saber.
Palmas tem muitas opções de hospedagem, mas como era no meio da semana resolvemos escolher onde dormir quando chegássemos por lá. Os valores das diárias variam de R$ 90,00 a R$ 400,00 e aqui você ainda pode escolher, então imagina o que vem pela frente. 

Tive uma boa impressão de Palmas, na chegada a gente já começa a ver um mundaréu de água. Pra quem sai de São Paulo isso é muito importante, lmediatamente pensamos em um banho no mínimo com muita água e não de conta gotas.
Bom começo, não é? Depois fomos com uns amigos comer comida japonesa. Humm!!!

Palmas está em pleno crescimento. Depois que dividiram o estado de Goiás e criaram o estado de Tocantins e estabeleceram Palmas como capital, muitas pessoas vieram de fora acreditando no progresso da região. Vinte sete anos é pouco tempo para dizer em que este lugar vai se transformar, mas pelo que vi parece que será mais organizada que outras cidades que cresceram sem planejamento.
Enfim chega o dia de conhecer nosso cicerone, Higor da agência Aventura Eco. Ele também trabalha como receptivo e se você quiser ir de avião e não de moto, fique sossegado que ele te pega no aeroporto, faz um city tour e ainda te deixa no hotel. Não é Brasília, mas é cheio de mordomias.
Nosso carro era uma pick up Hilux 4×4, bem confortável e éramos 5 passageiros, Eu, Zé, Jerusa, Higor e um anjinho da guarda que nos acompanhou a viagem inteira.

É muito importante um carro confortável, afinal são muitas horas dentro de um para fazer os deslocamentos. Carro fechado com ar condicionado é tudo no Jalapão. Como diz Higor, o sujeito no Jalapão não vive sem três coisas: ar condicionado no carro, no trabalho e em casa. Eita lugar quente e seco danado! Pelas fotos vocês vão entender porque o Jalapão é conhecido como o “Deserto das Águas” entre um ponto e outro de estradas cheias de terra e areia, chega-se a um oásis de águas puras e cristalinas. Agora imagina ir de um lado para outro com os vidros todos abertos recebendo o poeirão das estradas.
Estávamos em dois carros total de Nove pessoas. No segundo carro um “guia mirim”, João, de 26 anos, figuraça. Não foi nascido, mais foi criado no Tocantins. Os outros posso chamar de amigos ocultos, eu explico melhor. Como éramos em número pequeno, tivemos tempo suficiente para conversar e conhecermos melhor uns aos outros, com possibilidades de degustar cachaça e pegar caju no quintal da pousada para comer com sal. Éramos tão diferentes uns dos outros que deu super certo, fomos sorteados. Quando pessoas se encontram em lugares afins, mesmo com pontos de vistas diferentes, cria-se uma afinidade única, não é Luís, Naruh, Marcela e Jerusa?

O roteiro definido totaliza 970km em 04 dias, por isso deixo bem claro que o turista tem que gostar de ecoturismo e também de passear de carro. Não existe outra forma, a não ser que se conheça menos lugares.

Pra falar a verdade, não que eu tenha falado alguma mentira até agora, pareceu bem menos, tudo isso por causa de uma boa música e de um bom papo que rolava a cada trecho deslocado. O Higor tinha um 
play list muito eclético, mas o que combinava era o sertanejo, digo, sertanejo de bom gosto. Relembrei muito quando eu era criança pequena lá no interior de Minas. Confesso que muitas vezes me emocionei. Outro lado é assistir através de uma tela gigante uma paisagem inigualável, como diz nosso Guia, o Cerrado, mata predominante do Jalapão, é como se fosse uma floresta de cabeça pra baixo. Com suas árvores secas e contorcidas, mais lembrando raízes, faz a gente ter muitas imaginações. O Cerrado não é só isso e se prestar bem atenção verá que as flores são muito delicadas, tem também diferentes tons de verde, marron, laranja contrastando com um dos céus mais deslumbrantes que eu já vi. Perceberá que as fotos ficam lindas e nem precisa muita técnica para se sentir um fotógrafo profissional.

História ou estórias? Às vezes eu tinha dúvida. Muitos causos interessantes foram contados, uns divertidos, outros tristes, tinha também estórias de pescador, quem podia inventava uma melhor. Imagina os exageros. O silêncio também pairava no ar e isso não era menos importante. O silêncio sempre diz alguma coisa.
Aprende-se muito viajando com pessoas que nasceram no lugar e se eu posso explorar isso, não tenho dúvidas, eu faço. Imagina quantos nomes de plantas eu conheci: Favo de bolota, buriti, chuveirinho, pequi, jalapa, pali-palan, caliandra e até pinto de macaco, pode?

As cidades pelas quais passamos e nos hospedamos, Ponte Alta, Mateiros e São Felix são muito simples, somente para hospedagem entre um trecho e outro. São muito pequenas e com pouquíssima opção de restaurante, portanto, para mim não foi uma viagem onde se aprecia o que comer. As comidas são simples, salada, arroz feijão, frango, carne seca, farofa. Nos atrativos, o Higor preparava uma mesa de lanches maravilhosos. Ele tinha essa preocupação porque realmente não tinha infraestrutura para almoçarmos.
Não só conhecemos uma comunidade Quilombola como também soubemos a história da matriarca Dona Miúda, ícone desta comunidade e do Jalapão. Mulher miúda que tinha muita força na região. O mais engraçado é que até os próprios netos não sabiam o verdadeiro nome dela. Nesta comunidade podemos passar na cooperativa do artesanato de capim dourado. Típico no cerrado do Jalapão, nasce espalhado nas veredas. Delicados e dourados são essenciais para estas mulheres desenvolverem seus trabalhos. Tem também Dona Ermínia, cabocla arretada que cavalga pelas terras secas do Jalapão e Dona Rosa, pra esta nunca tem tempo ruim.

Cachoeiras não faltam neste passeio, mas o que mais me surpreendeu foram os fervedouros.
Fervedouros são águas límpidas e cristalinas que ficavam nos quintais de alguns fazendeiros que liberavam por uma pequena taxa, mergulhos e flutuações incríveis. São sensações difíceis de descrever, depende da expectativa de cada um.

O pôr do sol no Jalapão é um espetáculo à parte. Todo final de tarde um lugar era eleito para os espectadores, neste caso, nós. O sol era o ator principal e eu tinha a sensação que ele atuava só pra mim. O lugar que eu achei mais lindo foi nas dunas. Ela ficava com um tom de dourado incrível. No entorno, as árvores verdes, mais a serra do Espirito Santo, compunham um visual deslumbrante. Tudo lindo e maravilhoso, mas se invadimos a casa dos outros, eles têm todo direito de nos expulsar e foi o que acabou acontecendo, as muriçocas venceram.

Percebi nestes 4 dias que o jalapão teve o poder de despertar em mim sentimentos guardados e que não se manifestavam a muito tempo. Talvez por causa das minhas origens e da minha história de vida. Adoro conversar com pessoas que vivem diferente de mim e adoro analisar isso e me colocar no lugar deles para saber como me sentiria. Confuso, ne? Mas se imagine num lugar inóspito, onde as vezes não tem nem energia elétrica. Foi assim que chegamos na fazenda do Sr. Hélio, no nosso último dia de Jalapão. Foi o almoço mais saboroso que comi nesta viagem. Um casal que saiu do Rio Grande do Sul, foi para o sul da Bahia e depois escolheu o Tocantins para continuar sua jornada de vida. Restaurante extremamente limpo, uma receptividade que nunca vi igual e um tempo disponível para conversar de dar inveja as pessoas que vivem nas grandes capitais, como eu, por exemplo.

Bons guias são fundamentais neste tipo de viagem e felizmente tivemos esta sorte. Existiu uma sinergia muito grande entre o grupo e tudo isso foi fundamental para que a viagem chegasse ao final com um “Q” de quero mais.

Uma pena que não deu para fazer o Jalapão de moto, apesar de algumas vezes pensar que daria. 80% das estradas estão boas, mas de repente tem uns trechos de areia fina que somente nossos amigos trilheiros de CG da região conseguem passar.

Um detalhe que deixei para o final e que não poderia deixar de dizer é que a escolha de como conhecer o Jalapão é fundamental para amá-lo ou odiá-lo.
Minha ideia inicial era conhecer o Jalapão acampando. Confesso que tive até um certo preconceito em fazer da forma que fizemos, mas no decorrer dos dias fui entendendo que foi a melhor escolha.
O Jalapão ainda é muito rústico e isso não é nenhum problema para quem curte este tipo de viagem. E se você quer conhecê-lo assim, agora é a hora. Bom, acho que já deu para entender um pouquinho do Jalapão. Eu ainda estou tentando entender. Mas isso é muito bom, é sinal que ainda não voltei da viagem. Continuo viajando em minhas indagações. Então você compra um pacote de 4 dias e acaba viajando dez, vinte dias… Isso não é incrível? Prova que o Jalapão não é uma viagem cara. Sem contar com o conforto que nosso guia nos proporcionou e as aulas que tivemos com o povo local. Não é gasto, é investimento cultural e investimento emocional. Tenho certeza que apesar de não ter sido de moto como eu queria a princípio, jamais esquecerei o Jalapão e as pessoas que fizeram parte um pouco da minha história.

E se alguém lhe chamar de comedor de Flor de Pequi, fique esperto, não é boa coisa.

 

Viagem realizada em: 04/08/15 a 11/08/15
Tipo de viagem: FERIADO PROLONGADÍSSIMO / FÉRIAS
 Quilometros Rodados 4000KM (ida e volta)
Pacote Ecoturismo Aventura Eco – Ecoturismo e Receptivo
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Despesa Combustível R$ 700,00 / Pedágio ida e volta