Cunha – Este lugar me surpreendeu muito com suas belas paisagens. Tivemos a grande sorte de ir no período que se comemora a festa do Divino. A região toda fica em festa. No mês de Julho esta região é muito fria, mas vale a pena visitar,
COMO CHEGAR
A 220 km de S. Paulo. Pela Via Dutra.
ESTRADAS
Dutra até Guaratinguetá depois siga pela SP-171 que leva até Cunha. Com convicção a Dutra não é das minhas estradas favoritas, além de ter que dividir as duas pistas com muitos caminhões, ter um trânsito pesado até Taubaté, ainda tem que pagar pedágios, em compensação os 47 km pela SP-171 são para desestresar e ir curtindo a paisagem.
O QUE FAZER
Essa região tem muito o que fazer, desde passeios em fazendas, cachoeiras, mirantes, parques, curtir o “agito” das cidadezinhas e até chegar à praia se tiver a fim, depende unicamente da sua disposição e tempo. Tempo, aliás, é uma das vantagens de viajar de moto, conseguimos conhecer tudo o que queríamos graças a ela.
COMER & BEBER
No centro de Cunha, além da Igreja é claro, você tem poucas opções de restaurantes ou barzinhos, como ficamos na pousada Dona Felicidade, acabamos almoçando por lá ou apenas tomando um reforçado café da manhã antes de sair para os passeios.
MEUS COMENTÁRIOS
Cunha foi uma grata surpresa. Resolvemos fazer essa viagem numa quinta-feira à noite, pesquisamos na web e reservamos a Pousada Dona Felicidade pelas fotos do site e pela simpatia do atendimento da “Lu”. Saímos de S.Paulo às 10h para evitar o trânsito na marginal, ledo engano, o trânsito em S.Paulo não tem mais horário, e com as malas laterais na moto nem sempre dá pra andar no corredor. Bom, mas vamos esquecer esse começo de viagem até Guaratinguetá pela Dutra. Nossa viagem começa na SP-171 com bom calçamento, cheia de subidas e descidas e muitas curvas serpenteando os vales e montanhas, é um trecho legal pra se fazer a 80km/h para ir curtindo a vista e oxigenando o cérebro. Nossa pousada fica a uns três ou quatro km do centro, vale a pena pela tranqüilidade o silêncio e o visual. Assim que chegamos, almoçamos e fomos conhecer o Mirante do Pico da Marcela, é incrível a vista que se tem de Paraty e até da bacia da Ilha Grande. E nessa trilha a moto faz uma enorme diferença, depois de um trecho por estrada cascalhada tem uma porteira que impede a subida de carros, a moto da pra passar pelo lado (graças a Deus, porque são 2 km de subida cascuda).
No dia seguinte conhecemos Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Cachoeira das Pimentas e o Sitio do Cume onde tem uma criação de Búfalos. Um detalhe importante é o tipo de moto a ser utilizada nessa viagem, porque todos esses roteiros são por estradas de terra, e alguns trechos difíceis, mas vale muito a pena, acho que as fotos ao lado não me deixam mentir. Pra finalizar algumas coisas que eu recomendo:
A noite ficar sentado numa mesinha de bar na calçada, observando a meninada andar em volta da Igreja, são dezenas de voltas.
Uma visita ao Pico da Marcela,
Ao Parque Estadual da Serra do Mar
Ao Sitio do Cume e ficar batendo um longo papo com o Toninho
A Pousada Dona Felicidade e uma cachaça envelhecida 12 anos que eles vendem.
VERSÃO GARUPA
Simplesmente Cunha. Tão próxima a Parati, mas tão diferente. Cada qual com sua beleza, é claro.
Cunha me agradou pela sua simplicidade. É a típica cidade do interior mesmo.
Este lugar me surpreendeu muito com suas belas paisagens. Tivemos a grande sorte de ir no período que se comemora a Festa do Divino. A região toda fica em festa. No mês de Julho esta região é muito fria, mas vale a pena visitar, pelo menos não chove. Nossa primeira opção de passeio foi conhecer a Pedra da Macela, e não Marcela como está na placa rodoviária. Tem este nome devido a pedra, em determinada época do ano, ficar coberta por uma planta chamada “Macela”. O pico da pedra está a 1800m de altitude. De lá se avista a cidade de Paraty, a baia de Ilha Grande (outro lugar maravilhoso de conhecer), parte de Angra dos Reis e toda parte serrana que circunda Cunha. A vista é simplesmente maravilhosa, indescritível. Só indo conhecer para ter uma idéia. Agora se preparem, porque tem uma subida de 2 km pela frente, a não ser que estejam de moto. Isso mesmo, só é possível chegar no pico a pé ou de moto. Quem quiser pode se arriscar de bike, mas duvido. È bom levar água para beber, pois o local não tem infra nenhuma, a única parte boa é que a trilha, ou melhor, estradinha é cimentada. Depois de desfrutar da paisagem fomos para a festa do Divino que se comemora na Igreja Matriz da cidade. Ficamos horas ali comendo pipoca e observando a maneira simples como as pessoas do interior aproveitam a vida. Uma coisa interessante é observar a moçada paquerando. Enquanto os pais ficam na missa rezando, eles dão diversas voltas na igreja a procura do ser amado. E não é só a meninada não, tem gente de toda idade.
No dia seguinte, sábado, fomos conhecer um dos parques da Serra do Mar, é que existem diversos deles. O Parque tem uma paisagem e é bem estruturado. Fizemos uma trilha de mais ou menos 40 minutos em meio a mata Atlântica margeando o Rio Paraibuna. Dá pra conhecer diversas espécies de árvores, pois a trilha toda tem placas
denominando-as. É uma trilha bem curtinha e tranqüila, até os caminhos são preparados com pequenas pontes e pedaços de madeiras para evitar acidentes. Ah! A entrada é franca.
Saindo de lá fomos conhecer a cachoeira do Pimenta, antiga hidroelétrica da região, hoje desativada. No meio do caminho paramos na Fazenda do Cume para ver os búfalos. Esta é a única fazenda da região que cria estes animais e produz o queijo do leite da búfala feito exclusivamente pelo proprietário Fábio, que por sinal é uma simpatia. Acabou nos dando uma aula sobre a espécie interessante que é o Búfalo. É impressionante o amor que ele tem por estes sensíveis animais. Pode parecer estranho, mas eles são realmente amigáveis.
O caminho para a cachoeira não é lá grandes coisas, mas mesmo assim arriscamos, pois o simples fato ser uma moto dual trail ajuda muito, sem contar com o piloto é claro… (puxa saco). Não fomos a cachoeira do Desterro porque marcamos uma cavalgada com o pessoal da pousada onde estávamos hospedados. São 5 pousadas que preparam este evento e a Dona Felicidade é uma delas. Taí uma sugestão se forem a Cunha. A Lurdinha, que nos recepcionou é muito simpática e nos deu diversas dicas de passeio, inclusive nos falou da “Queima do RAKU”, trata-se de uma técnica de queima de cerâmica muito antiga que nasceu no Japão e acabou trazido para o Ocidente, mas como iríamos fazer a cavalgada não foi possível conhecer desta vez. Cunha também é muito conhecida pelos Ateliês de produção de cerâmica artística.
A noite de sábado estava muito fria e a lua estava redondamente cheia. Pra fazer a cavalgada estava ótima, sem contar com o céu estrelado. Esta é uma experiência interessante de fazer. Foram 2 horas de passeio e logo em seguida veio a melhor parte,
um jantar regado a viola caipira, percussão e muitos causos com Oswaldinho e Marisa Viana. Todos em volta da fogueira bebendo quentão para espantar o frio.
Domingo é dia de despedida. Chegou a hora de partir e levar com a gente toda a cultura e costume do povo do interior. Se você não conhece Cunha não sabe o que está perdendo, principalmente se for na garupa de uma moto.Valeu muito a pena.
Inté
Distância SP – Cunha | A 220 Km de S. Paulo |
Tipo de Viagem | Final de Semana / Feriado |
Viagem realizada em: | Julho/2008 |
Sites | www.cunhatur.com.br www.pousadadonafelicidade.com.br |