Caverna do Diabo – “O maior truque já realizado pelo diabo foi convencer o mundo de que ele não existe.” Mário Quintana
Ele existe sim e tem endereço. Pode até ser que seja sua casa de campo, ou melhor sua caverna de campo. Fica exatamente 335km de São Paulo, em Eldorado, quase divisa com o Paraná. Chegar lá não é difícil e até que as estradas estavam boas.
Como Chegar
Optamos por descer pelo litoral, pela Rodovia dos Imigrantes, sentido Mongaguá, Peruíbe e entrar na BR 116 já em Miracatu até Jacupiranga, depois seguimos pela SP 193 até a cidade de Eldorado, finalmente mais 40 km aproximadamente pela SP 165 chegamos na porta da caverna. Total 335 km.
Estradas
Para quem quer evitar o costumeiro transito da serra do cafezal na BR 116, uma boa opção é descer pelo litoral sul de São Paulo, com boas estradas e normalmente sem transito. Depois da cidade de Pedro de Toledo entramos na BR 116 até Jacupiranga, em ótimas condições e sem transito, na sequencia as SP 193 e 165 estão com o piso bastante irregular em alguns trechos, mas são bem tranquilas para quem viaja de moto.
O Que Fazer
Esse é um bate volta para quem gosta muito de duas coisas:
1º Rodar bastante de moto.
Ida e Volta foram 670 km, saímos de São Paulo 9hs e chegamos na entrada do parque 13hs. Depois de conhecer a caverna e todas as explicações do nosso guia Olavinho, comer um lanche no restaurante do parque, iniciamos a volta para casa as 15:30 pelo mesmo caminho da ida, litoral sul e depois de uma ligeira chuva para refrescar chegamos em casa 19Hs.
Pode parecer muito para um bate volta, mas para quem já rodou mais de 600 km só para comer uma coxinha em Bueno de Andrada…
2º Ecoturismo.
Nossos roteiros preferidos sempre são voltados a natureza, seja ela praia, montanha, vulcão, deserto ou selva, e dessa vez foi uma caverna, a maior do estado de São Paulo, apesar de não ser a primeira e nem a maior que conhecemos, sempre vale a pena.
O Parque da Caverna do Diabo foi criado em 1969 e atualmente é permitida a visitação a apenas 700 metros dela, que é totalmente acessível, com passarelas de concreto, corrimãos e iluminação artificial. Inicialmente toda essa infraestrutura faz perder um pouco da magia do lugar, mas por outro lado, além de dar acesso a todas as pessoas, o parque ajuda a preservar a caverna e o seu ecossistema.
Além do Parque da Caverna do Diabo, se você tiver tempo e gostar, existem cachoeiras e trilhas que dizem ser muito bonitas. Mas essas ficarão para uma próxima visita.
VERSÃO GARUPA
“O maior truque já realizado pelo diabo foi convencer o mundo de que ele não existe.” Mário Quintana
Ele existe sim e tem endereço. Pode até ser que seja sua casa de campo, ou melhor sua caverna de campo. Fica exatamente 335km de São Paulo, em Eldorado, quase divisa com o Paraná. Chegar lá não é difícil e até que as estradas estavam boas.
Como diz o ditado, cabeça vazia moradia do diabo, pra não ficar à toa resolvemos fazer um bate volta até a caverna do Diabo, local muito visitado e degradado nos anos 80. Confesso que até tinha um certo preconceito em relação a este lugar. Primeiro por causa do nome que já é assustador e segundo porque já falaram tanto mal que deixei de ter interesse de ir.
De uns anos pra cá, a caverna vem sendo bem administrada, limitando o número de visitas por dia e colocando monitores para guiar o passeio. Assim foi possível preservar o que restou. Alguns seres humanos endiabrados foram capazes de quebrar e roubar o que levaram milhares de anos para ser construído, as estalactites e estalagmites.
O passeio é obrigatoriamente guiado e o valor da entrada é R$ 23,00, sendo R$12,00 do parque e R$ 11,00 para associação dos Guias. É extremamente proibido entrar de chinelos, uso obrigatório de calçado fechado. Abre de terça a domingo das 8h ás 17hs. Se conseguir chegar cedo, dá para fazer uma trilha que tem ao lado da caverna e tomar banho de cachoeira.
Fizemos um bate e volta, mas a região tem muitas cachoeiras, cavernas, trilhas e parques para visitar, como por exemplo o PETAR e Intervales.
A caverna está bem estruturada para receber o turista, todo iluminada possibilitando ser vista de todos os ângulos, com escadas e corrimãos para dar mais segurança, mas aqui cabe um outro ditado “Vá e o diabo que te carregue”, seria bom se fosse assim, pois tem muitos degraus para subir.
A temperatura dentro da caverna é de 21 graus, não importando o clima que está lá fora e o tempo todo a gente sente a umidade do ar que é de 90%, a pele fica toda melada.
Para quem tem medo de entrar em caverna por causa de morcegos, posso garantir que não vi nenhum, com certeza por causa das luzes acesas. Taí a oportunidade de conhecer, mas tem um momento que o guia apaga as luzes para se ter a sensação de estar em total escuridão, isso se o grupo todo aceitar é claro.
Saindo da caverna, dependendo do horário, tem um restaurante que serve lanches, porções e refeições e também tem uma loja que vende souvenirs.
Uma dica antes de entrar na caverna é deixar os capacetes na moto ou no restaurante, pois deixamos os nossos na portaria do parque, porque não tinha espaço no nosso case. Aqui cabe um outro ditado: “Cuidado em quem você confia. Lembre-se que o diabo era um anjo”, pois bem, acho que ele saiu da caverna e levou um acessório como lembrança da minha visita, um lenço que uso para prender o cabelo. O que as pessoas não sabem é que quando estamos andando de moto, nossos kits são importantes para nós.
15h30, momento de ir embora e o tempo estava meio nublado, clima ideal para andar de moto, mas com certeza pegaríamos chuva no caminho.
Conclusão, não deixe de visitar a Caverna do Diabo. Ali tem muita história e superstições para serem contadas. É um passeio muito interessante. Pra quem ouviu falar mal, vale a pena tirar esta impressão e conhecer um pouco mais das belezas naturais criadas por Deus.
Viagem realizada em: | 18/04/15 |
Tipo de viagem: | Bate e Volta ou Final de Semana |
Quilometros Rodados | 670kms (ida e volta) |
Como Chegar | Pelo litoral, pela Rodovia dos Imigrantes, sentido Mongaguá, Peruíbe e entrar na BR 116 já em Miracatu até Jacupiranga, depois seguimos pela SP 193 até a cidade de Eldorado, finalmente mais 40 km aproximadamente pela SP 165 |
Despesas | Pedagio: R$ 2,00 (ida e volta) – Caverna: R$ 23,00 por pessoa |