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Castro é um destino para quem curte turismo ecológico com uma pitada de cultura regional. O centro é bem típico das pequenas cidades do interior, com uma bem conservada praça com chafariz, a Igreja.


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  VERSÃO PILOTO

COMO CHEGAR
A 500 Km de S. Paulo. Pela Castelo Branco / SP 127 / SP 258 / PR 151.

ESTRADAS
Todas as estradas estão em bom estado de conservação e bem sinalizadas, só tenha mais atenção nos trechos de mão dupla. Vale muito à pena esquecer a pressa, diminuir o ritmo e curtir a paisagem.
Na PR 151 é cobrado pedágio de R$ 2,50 na ida e na volta.

O QUE FAZER
Castro é um destino para quem curte turismo ecológico com uma pitada de cultura regional. O centro é bem típico das pequenas cidades do interior, com uma bem conservada praça com chafariz, a Igreja Nossa Senhora de Sant’Ana, o Museu do Tropeiro. Além das tradicionais voltinhas pelas ruas do centro, pode-se conhecer o Morro do Cristo, de onde se avista boa parte da cidade. Mas o ponto alto da região é o Paque Nacional do Canyon Guartelá, o sexto maior do mundo. Outro lugar imperdível é a colônia holandeza de Castrolanda, lá você poderá conhecer como funciona um moinho de vento, o maior da América Latina. E pra quem quer fugir um pouco do asfalto, a antiga fazenda Capão Alto conta um pouco da trajetória dos escravos até os dias atuais. O acesso é por estrada de terra, mas sem grandes dificuldades, mesmo para quem esteja de moto custon.

COMER & BEBER
Lembre que esse não é um roteiro gastronômico e nem boêmio, por isso controle seu nível de exigências. Além de uma pizzaria e uma lanchonete que ficam no centro, o point é um simpático bar chamado 7 gatos. Agora, se você tiver a sorte de ser convidado para tomar um lanche da tarde no sítio de um amigo…….ai a estória muda meu amigo.

MEUS COMENTÁRIOS
Pela distância que Castro fica de São Paulo, o ideal é aproveitar um feriado. Em quatro dias conseguimos conhecer o melhor que a região tem a oferecer e como tivemos sorte, com muito sol.
Essa é uma viagem para quem curte chão de terra, animais, natureza, caminhada, cultura, simplicidade, um dedo de prosa e uma xícara de café, e a vida simples de uma pequena cidade. Pra eu, que moro numa big cidade isso é tudo que eu gosto quando eu saio pra viajar de moto, ter contato com o meu contraponto, não que uma grande cidade não tenha seus atrativos, mas como diz um amigo “da pra ter o melhor dos dois”.
O ideal é se embrenhar com a moto pelas estradas de terra, mas se você não gosta muito dessas aventuras, ou se a sua moto não é bicho do mato, você tem a opção de alugar um carro ou então contratar o serviço de um taxi.
À noite, depois de um merecido banho, o negócio é sentar no 7 gatos, comer e bebericar alguma coisa, acompanhado pelos amigos. Depois cama, porque o dia por aqui começa cedo.


 

  VERSÃO GARUPA

“Sem lenço e sem documento” foi mais ou menos assim que cheguei em Castro. Geralmente fico sabendo um pouco do local que vamos conhecer, mas desta vez confiei plenamente no Marcos e na Paty, que nos guiaram neste roteiro.

Fomos em três casais, cada um no seu estilo. Estou mudando meu modo de pensar em relação a viajar em grupo. A gente acaba aprendendo muitas coisas e deixando de lado uma forma só de ver a vida. Lógico que causa algumas situações inesperadas, e aí é que está a sabedoria, aprender a conviver, porque viver é muito simples.
Por falar em “simples”, nada como a vida bucólica do campo. Castro nos faz vivenciar tudo isso e pra quem já está cansado da cidade grande e precisa respirar ar puro, taí uma sugestão
Nos hospedamos no Hotel Buganville e pelo que percebi é o mais estruturado da cidade. O preço não é dos melhores, têm outros com o valor mais baixo.

Castrolanda é uma colônia Holandesa que fica bem próxima a Castro e ali você também pode se hospedar em uma pousada. Optamos pelo hotel do centro para podermos deixar as motos estacionadas enquanto fazíamos tudo a pé pela cidade.

O tempo estava a nosso favor desde o primeiro dia em que chegamos, aliás, se estivesse chovendo, teríamos poucas opções de passeio.
Chegamos por volta das 15hs do sábado, nossa opção foi caminhar pela cidade e conhecer um pouco da história e os costumes da região. Mais tarde nos encontramos no 7 Gatos para jantar, que por sinal é um bar muito simpático. Foi um bate papo muito bom e aproveitamos para organizar o passeio do dia seguinte que seria o Parque Estadual Guartelá. Este local é o mais famoso da região. Não é necessário pagar nada para entrar e os monitores passam um vídeo antes para explicar um pouco sobre o lugar. Como chegamos um pouco tarde, não foi possível ver as pinturas rupestres, caso quiséssemos, teríamos que ir até Tibagi e solicitar um guia, pois os monitores só levam os 20 primeiros turistas. Neste parque tem muitas restrições, não é possível ir a todos os locais, eles pedem que andem pelas áreas demarcadas, isso por causa da grande depredação de alguns seres humanos que não tem a noção de preservação. Portando já sabem, da natureza nada se tira, a não ser fotos. O parque conta com um serviço de Van para pessoas acima de 60 anos e para crianças, caso contrário tem que fazer toda caminhada de ida e volta sem apoio. Pra descer, tudo bem, a trilha é bem sossegada e segura, mas na volta, pra subir, tem que ter muita disposição. A paisagem deste lugar é maravilhosa, não desanimem, pois vale a pena o sacrifício. Saímos de lá às 16h e seguimos para Tibagi, uma cidadezinha muito charmosa, deu até vontade de me hospedar lá. Tivemos a sorte de encontrar um restaurante aberto para almoçar, também depois da caminhada estávamos mortos de fome. Hora da “siesta”, como não tinha rede, deitamos na grama da praça e tiramos um cochilo. Dá pra imaginar a cena?

Saindo de lá fomos conhecer Castrolanda, lá está o maior moinho da América Latina, projetado e construído por um holandês. Conhecer de perto e aprender como funciona um moinho é simplesmente fantástico.
Faltava mais um dia e imaginei que não teríamos mais nada para fazer, me enganei completamente.
Pela manhã fomos conhecer a Fazenda Capão Alto, um lugar muito bonito e com muitas histórias. Contamos com a gentileza do Alex para nos mostrar e explicar um pouco sobre aquele lugar, pois na realidade estava fechada, só abre de 3ª a domingo para visitação, mas ele com sua simplicidade e boa vontade que geralmente tem as pessoas do interior, nos proporcionou este momento. Era uma grande fazenda de café que foi perdida numa mesa de jogo. Ali se realiza o evento dos tropeiros de Castro. Deve ser uma festa muito interessante. A casa esta passando por um processo de restauração, mas infelizmente os móveis que estavam dentro foram saqueados e o que restou está exposto no museu do Tropeiro em Castro. Para visitar a fazenda eles cobram uma taxa de R$ 3,00 por pessoa.

Já tínhamos jantado na noite anterior com uma família amiga do Marcos e eles nos convidaram para conhecer o lugar onde eles moram “ Terra Nova”. Antes disso, o Carlos, que faz a colheita da região, quis nos mostrar como se colhe soja. Conhecer e aprender são o que mais gostamos de fazer, imagina se iríamos recusar. Uma turma foi de táxi por causa da moto Custon que não é apropriada para aquele tipo de solo (terra e pedra) e nós resolvemos ir de moto pra não perder o costume. Foi muito legal, pois já fazia algum tempo que não colocávamos a danada na terra. O aprendizado que tivemos foi show, o Carlos teve toda a paciência do mundo para nos explicar tim tim por tim tim.
Tivemos também a oportunidade de andar numa colheitadeira, coisa que só o campo pode proporcionar e o Carlos com sua gentileza, é claro.
Mais tarde fomos encontrar a Rô, as crianças e os animais de estimação. Engano seu se pensou que eram os cachorros, nada mais nada menos que uma bezerra que participa até de exposição, a Delegada, e uns carneirinhos muito simpáticos, que acabamos não resistindo e pegando no colo. Agora imagina se aqui em São Paulo a gente pode ter estes bichinhos de estimação.

Hora do lanche!!!! Imagina, uma mesa super recheadas só de coisas gostosas, ricota preparada pela Rô. Quem é que resiste? Acabei cometendo o pecado da gula.
Fora as coisas deliciosas, ainda tinha o bate papo animado do pessoal. Só de escrever me dá saudades.
Hora de partir, fica aquela tristeza e a vontade de voltar a sentir as coisas boas e simples do interior.

 
Distância SP – Castro – PR A 500 Km de S. Paulo. Pela Castelo Branco SP 127/SP 258/PR 151.
Tipo de Viagem Feriado
Viagem realizada em Abril/2009
Site http://www.guiadoturismobrasil.com/cidade/PR/810/castro